sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ho, oponopono: porque muitas vezes, só é necessário perdoar!!!!

Ho´oponopono: o Processo do Perdão!!!!
Sou um Ser inquieto, que caminha na constante busca do que ainda desconheço.
E o que desconheço, quando tenho a oportunidade de chegar mais perto, 
de ser apresentada ao novo, se fizer sentido e despertar uma diferenciada percepção interna, 
vou buscar informações e tentar colocar em prática em minha vida.
Foi exatamente assim que encontrei com esta prática, mais detalhada abaixo.
Uma querida amiga, Silvia, me apresentou o Alquimista e conceituado profissional, 
Alcides Melhado Filho, amelhadofilho.blogspot.com.br , 
 os quais foram os responsáveis pelo meu primeiro contato com a prática do Ho' opomopono.



É claro que à principio, eu estranhei...repetir 108 vezes a mesma frase???

" (nome em questão) 
Sinto Muito..
Por favor, me perdoa!
Obrigado, eu te amo!"

Claro que pensei que isto seria uma crendice popular. Até que me explicaram que, um terapeuta havaiano, Dr. Ihaleakala Hew Len, promoveu a cura e libertação, através desta técnica, em um presídio de segurança máxima...e tudo isso aconteceu na simples introdução desta prática que é baseada no perdão! 
Abaixo seguem alguns links para quem estiver interessado em conhecer mais detalhes sobre o 
Ho' opomopono.


E logo após conhecer esta prática, realmente passei a me questionar: o quanto as situações mal resolvidas que tenho internamente, registradas em meu histórico de vida, não estão impossibilitando um melhor fluir em meu caminhar?
E, em muitas destas situações, me deparei com a mágoa e com a necessidade de perdoar...seja lá quem quer que tivesse me magoado...me decepcionado...
E foi assim que, através de uma ação individual e tão simples, passei a praticar o Ho' opomopono.

E esta prática fez e tem feito a diferença em meus dias...incluindo o perdão a mim mesma, por todas as opções equivocadas que tenha praticado em todo o decorrer de minha vida, mesmo na intenção de estar no caminho certo.....

Espero que assim seja para você também!!!!

" (nome em questão) Sinto Muito!
Por favor, me perdoa!
Obrigado, eu te amo!"

Ho´oponopono


Em havaiano, Hoo significa CAUSA e Ponopono significa PERFEIÇÃO. Através desta técnica, temos a capacidade de fazer o correto para nosso próprio Ser, de voltar para o estado da perfeição, de colocar novamente nossa página vivencial em branco, bastando apenas pedir à Divindade que aquilo que jaz dentro de nós, aquilo que ocasionou uma divisão em nossos pensamentos, venha à superfície para ser liberado.
Ao pedir perdão à Divindade por ter hospedado pensamentos que nos separaram de nossa Unidade com o Espírito, o pensamento pernicioso e recorrente desaparece. Algumas vezes, é necessário pedir várias vezes a fim de que a razão que está atrás do pensamento apareça na superfície e seja liberada, e quando é liberada, o espaço se enche imediatamente com um amoroso sentido de Unidade.
O Hoo-Ponopono é um processo de arrependimento, pedido de perdão e transmutação e consiste em realizar um pedido à energia do Amor Universal e Incondicional para cancelar e substituir as energias tóxicas que estiverem em nós. O Amor realiza o processo fluindo através da Mente Espiritual ou Supra-consciência e continua seu fluxo através da Mente Consciente, liberando-a da excessiva racionalização para finalizar na Mente Emocional ou Subconsciente, onde anula todos os pensamentos que tenham emoções tóxicas, substituindo-os com Amor incondicional.
Não há limites no número de vezes que esta ferramenta pode ser usada, especialmente no que se refere a transmutar seus pensamentos em pura luz, os de sua família, ancestrais e descendentes, posto que esta ferramenta é um pedido para purificar os pensamentos tóxicos que causam reais divisões em sua percepção.
O Hoo-Ponopono é realmente muito simples. Para os antigos havaianos, todos os problemas começam a ser gerados nos pensamentos. Ter pensamentos não é o problema. O problema está em todos nossos pensamentos que se encontram plenos de memórias dolorosas sobre pessoas, lugares ou coisas.
O intelecto como tal não pode solucionar esses problemas porque ele somente administra processos. Quando se faz Hoo-Ponopono, a Divindade encarrega-se dos pensamentos dolorosos e os neutraliza. Fazendo Hoo-Ponopono, você não purifica pessoas ou lugares, mas neutraliza a energia dolorosa que você associa com essas pessoas, lugares ou coisas. Assim, a primeira etapa para fazer Hoo-Ponopono é purificar energias.
A seguir, algo maravilhoso ocorre. Não somente a energia fica neutralizada, mas sim se desprende, ficando uma nova página vazia onde se escreve novamente outra realidade. A etapa final é permitir à Divindade atuar e preencher o vazio dessa página em branco com Luz Divina.
Para fazer Hoo-Ponopono não é necessário saber qual foi o engano cometido ou qual foi o problema. Você apenas precisa perceber a existência de situações físicas, mentais ou emocionais que o estejam afligindo. Quando o fizer, sua responsabilidade baseia-se em começar imediatamente a curar a essência de tais situações, dizendo simplesmente: "Sinto muito. Por favor, perdoe-me". Trata-se apenas de realizar um trabalho interno sobre si mesmo, para melhorar o externo.
O procedimento pessoal baseia-se em manter-se calado e centrado em si, permitindo que o processo de transmutação seja levado a cabo por si mesmo, pois se envolver seu intelecto, o processo se detém.
Se deseja resolver um problema pessoal, trabalhe sobre si mesmo. Se tiver um problema com outra pessoa, simplesmente pergunte-se: "O que existe em mim que faz que esta pessoa me ataque?". Eleve-se sobre essas situações dizendo simplesmente: "Lamento por algo que tenha acontecido ou esteja acontecendo. Por favor, me perdoe".
O bonito disto é que não terá que compreender nada a nível racional. É como navegar pela Internet, indo para a Divindade e fazer clique para baixar a informação solicitada.
Por exemplo, se alguém se aproxima falando-nos que tem um certo sofrimento ou dor física, podemos perguntar à Divindade: "O que acontece comigo para que eu tenha causado dor ou sofrimento à esta pessoa?" E logo, podemos perguntar à Divindade: "Como posso equilibrar esse problema em mim?". Ou também: "Por favor, há algo que ocorre em mim que tenha causado este sofrimento nessa pessoa? Diga-me como posso equilibrar? As respostas a essas perguntas devem vir sem esforço e a seguir deveríamos fazer o que nos é inspirado… O que importa aqui não é o efeito e sim o entendimento da origem do problema. Essa é a chave."
No caso de ser um terapeuta que use Hoo-Ponopono para ajudar a outros se curar, deve primeiro conectar-se com a Fonte Divina e pedir ao Amor Universal para corrigir os errados pensamentos que existam em você e que estejam sendo manifestados atualmente como um problema em você, logo, em seu cliente consultado.
Este apelo baseia-se em um processo de arrependimento e pedido de perdão por parte do terapeuta: "Eu lamento que meus pensamentos errados tenham causado situações negativas em mim e em meu cliente. Por favor, perdoe-me".
O Hoo-Ponopono vale também para tratar situações derivadas de objetos inanimados, espaços físicos que devam ser curados, etc. O limite é nossa percepção ou imaginação.
A manifestação de uma amorosa responsabilidade é o que transmuta os enganos dentro de nós que manifestam o problema (em nós ou nos outros). A atitude amorosa os cancela e os corrige.


Aqui (mais uma vez) está a oração original da Morrnah, simples e poderosa:


Divino Criador, pai, mãe, filho em Um...
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais ofendemos à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão...
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz...
Assim está feito.


(Fonte:somostodosum.ig.com.br)



Outros sites informativos:

hooponopono.forumativo.com
www.portalquantum.com

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Para onde o amor pode nos levar... SMILE!!!!



http://www.thetutuproject.com/

"Quando vejo o meu marido de "tutu", é como se ele se transformasse; não é mais o meu marido!!!
É como um super herói que coloca a capa e não tem medo do que os outros vão dizer, do que vão pensar... ele não desiste!!!"

"O câncer não precisa ser uma sentença de morte, você pode achar um caminho para lutar contra ele!
Para mim, sorrir traz muita força, acende o meu coração.. é realmente o melhor remédio!!!

Por que temos que nos sentenciar em diagnósticos pré concebidos?
Por que temos que nos entregar ao que já está dito e não tentarmos virar a mesa?
Por que os heróis tem que ficar restritos às histórias em quadrinho ou filmes de ficção?
Por que o amor incondicional e imensurável tem que acontecer nas novelas televisivas e não em nossa vida real?
Por que temos que nos preocupar em demasia com a opinião alheia e não darmos vazão ao que sente o nosso coração...ao que clama a nossa alma?
Por que nos fechamos para o amor, como se vivêssemos em bolhas, nos boicotando e impedindo que a tal felicidade faça parte dos nosso dias, da nossa vida?


Por que precisamos dominar tudo, entender tudo, ter a resposta para tudo?
Por que tudo tem que estar em nossas mãos???
Será que ainda não deu para perceber que só através do amor, incondicional e irrestrito amor, a mente e o corpo adoecem menos?
Que basta um gesto nosso, uma mudança de atitude para termos uma vida mais plena, mais harmoniosa, mais descomplicada?
Que a ação gera a reação e que viver constantemente armado só nos afasta do real sentido desta vida: amar e ser amado?

Por que nos permitimos apenas apreciar a vida lá fora, a felicidade do outro, quando também temos o direito de fazer parte desta vida feliz?

Por que não rompemos de uma vez por todas estas barreiras que nós próprios construímos e não mergulhamos de cabeça em uma vida plena e por inteira?
Por que temos que nos manter aprisionados ao que fomos e ao que ja´nem somos mais, mas que deixamos o outro continuar pensando que nos mantemos assim?
Por que não podemos perfurar esta bolha que construímos... e simplesmente SER, por inteiro, irrestritamente, incondicionalmente?
Por que não podemos simplesmente nos deixar levar...através do amor que temos dentro de nós e nos tornarmos os super heróis das pessoas que realmente amamos?


Só depende de você: continuar na bolha  que contribuíram para você construir ou, simplesmente SER o que o seu coração sentir e o que a sua alma verdadeiramente desejar!!!!!
...afinal.... como já disse a Kelly, em seu depoimento.... não tem melhor remédio do que o amor.... amar e se sentir amada(o)!!!


Para os que se interessaram pela música ao fundo da matéria do vídeo:
Jono McCleery - Stand Proud 
http://youtu.be/IYhTANgvcns

Para onde o amor pode nos levar?!?... Atalhos da vida...

Sempre acreditei no amor... para tudo e para todos.... e acredito ter corrido atrás dele, uma vida inteira... ao menos a minha vida inteira!!
Mas ele sempre escapou de mim...como a água que se esvai pelos dedos das mãos...
Mas eu me fazia de forte e não me rendia às evidências: de que nem sempre estamos aptas(os) a receber o que tanto almejamos!!!
E nesta constante tentativa de me fazer tão forte, eu quase me tornei uma rocha: forte, resistente, pronta para recomeçar, SEMPRE.... mas inconscientemente endurecida nas emoções!!!

E quando nossas emoções ficam engessadas, esquecemos o real significado do verbo AMAR...
E sem colocar em prática a verdadeira essência do amor, é impossível amar o outro de verdade....e mais difícil ainda, receber amor!!!
Por não saber mais administrar os tantos "Nãos" que recebi da vida anos a fio, ou talvez de mim mesma através das minhas equivocadas opções, me fechei dentro de mim mesma e passei a acreditar que não era digna nem de respeito e muito menos de amor!!
Por mais que me olhavam e me viam como uma destemida "batalhadora", a couraça que construí não permitia que todos vissem o quão fragilizada eu estava.... e, mesmo na constante tentativa de continuar "parecendo" forte, o físico não aguentou tamanha pressão.... e adoeceu, seriamente!!!

Carcinoma ductal invasivo....apertando a tecla SAP, câncer de mama!!!!

O meu número favorito é o 14... e sempre olhei para o calendário, há muito anos atrás e o via de forma diferente, como se neste ano fosse acontecer algo muito especial em minha vida....
E, há pouco menos de um mês atrás, já uma percepção de que ele seria totalmente diferente do que eu havia imaginado!!!

Então, quando recebi esta notícia e a confirmação deste diagnóstico, eu me vi apenas com dois caminhos a seguir:
Me fragilizar, vitimizando-me, me jogar de cabeça no tratamento e sentenciar a minha vida com a morte, de forma desanimada, descrente e brevemente finita!!!

OU....



Chorar tudo o que eu tinha direito e, depois de ter lavado a alma, mesmo sabendo que meus projetos e minhas atividades profissionais estarão interrompidas nos próximos meses, em função da cirurgia e tratamentos, não me vitimizar (na medida em que um Ser Humano consegue não se vitimizar); olhar sob uma nova óptica e renascer das cinzas!!!
Como apaixonada pelas letrinhas, através da leitura e da escrita, não posso me render, neste momento de minha vida, às constatações da ciência ou mesmo às limitações humanas...
Tudo bem que estamos falando de um diagnóstico de câncer e não de um simples resfriado...
Mas e daí... teria alguma diferença?
Esta nossa vida não é uma ciência exata:
nem só os mais velhos morrem... bebês também!!
Nem só câncer mata... gripes também!!!
Porque justo eu, aquela pessoa que jamais se rendeu ao que quer que seja, que batalhou uma vida inteira para se superar, que não abre mão de fazer a diferença por onde passar, que acredita em uma inteligência superior regendo nossas vidas e que tem tamanha facilidade na comunicação, teria que aceitar uma "pseudo" sentença de morte só por ter sido diagnosticado um tumor maligno em minha mama?
Na...na...na....definitivamente não!!!!
Eu me nego a ser simplesmente mais um número para as estatísticas científicas.


Eu  SOU Élide, ÉLIDE SOU...
e neste nome, a minha força interna, a minha ligação com minha alma (SOUL), com minha essência e com tudo o que eu realmente acredito valer a pena!!!
E não vai ser um diagnosticozinho destes que vai me fazer mudar minha  trajetória ou até mesmo, estratégia de vida. 

Desistir???? Só para os enfraquecidos na conexão com a alma... e eu tenho certeza: não faço parte deste time!!!!
Tudo bem que sei que o papo agora é comigo... que por mais que tenham pessoas à minha volta, ao meu lado, que superar este novo companheiro que já existe dentro de mim, só depende de mim e da minha força interior.... Mas se  agora tem que ser assim....
Então... bora lá viver...como sempre costumo dizer!!!!                  

It's life, following...


O espetáculo deve continuar!!!!

E... só para começar, este novo Blog.
A intenção é promover um olhar menos armado em relação ao Câncer e esta cultura de que câncer é praticamente uma sentença de morte. Quero partilhar exames e procedimentos que já fiz e farei; informações médicas e, dentro do possível, manter um diário da minha recuperação pós operatória.
E quem estiver fazendo parte deste time, dos pacientes oncológicos, sejam muito bem vindos para partilhas e testemunhos... porque, com certeza, desta forma todos nós nos fortaleceremos, de mãos dadas, rumo à vitória, dentro do merecimento de cada um!!!

Mas prestem atenção: não tenho a mínima intenção de interromper os posts do meu outro Blog: http://elidebemcomavida.blogspot.com.br/
Afinal, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!!!!
E acredito na força do que escrevo, nos quase 60.000 acessos deste meu cantinho e da diferença que posso estar promovendo na vida de pessoas em mais de 50 países....
Talvez um número menor de postagens, enquanto estiver em tratamento.... mas jamais desistir ou abandoná-lo... muito pelo contrário; algo me diz que voltarei muito mais fortalecida desta universidade da vida que acabo de ser inscrita.... e muito mais 
DE BEM COM A VIDA!!!!



E por falar em DE BEM COM A VIDA....
Eu havia decidido comentar o que estou passando, só no dia anterior à minha cirurgia, que deverá acontecer após o dia 10 de fevereiro....
Afinal.... cria-se um estigma em escrever em um Blog codinome DE BEM COM A VIDA...
Mas hoje, mais uma vez, fui surpreendida por alguém que me vê de forma muito especial; que me conheceu profissionalmente, mas que, no pouco contato que tivemos, não economiza a junção das letrinhas mais especiais, para demonstrar o como me percebe!!!

Então... melhor encerrar este post, antes que as lágrimas roubem a cena, através da emoção!!!

Que o Alto me proteja e te proteja, imensamente...
E que nossas escolhas, nos conduzam aos melhores caminhos...
Lindos dias de VIDA para todos nós...

Ir e vir através das minhas letrinhas e saber que você está aí, do outro lado da tela.... é o que mais me fortalece, rumo à minha vitória!!!!!


Superação...

Sempre achei que superação era para os fortes... os superiores, aqueles dotados de extrema fé, força de vontade, poder mental ou seja lá o que for.
 Sempre admirei os que “superaram” os problemas, as dificuldades, as forças opostas e conquistaram coisas.
 Sempre tive uma certa “inveja do bem”, se é que isso existe, de alguns que, como eu, vieram do nada, nada tiveram, não contaram com ninguém e, mesmo assim, alçaram-se ao sucesso naquilo que tiveram por alvo.
Meu julgamento de mim mesmo sempre foi muito crítico e superar, para mim mesmo, sempre foi sobreviver, dar conta das tarefas, não causar danos a outros, enfim, tocar a vida.
 Mas um dia, conheci uma pessoa morena. Tinha um sorriso luminoso e, como todas as pessoas de bem com a vida, falava muito, ria, tinha sempre uma boa estória para contar... envolvia, enlevava, enfeitiçava!
 Se tivesse que descrevê-la, diria que era um arco-íris. Se tivesse que senti-la, diria que era o sol a pino. Se tivesse que traçá-la em tela, diria que é uma paisagem que ninguém conhece, mas todos gostariam de visitar.
 Seu encanto não residia no que ostentava. Sua força não estava em seu tamanho, pois era pequena e delicada. Sua sabedoria não estava na vã filosofia de palavras meticulosamente encaixadas umas nas outras para produzir efeito vazio.
 Ao ver aquele sorriso moreno, senti paz. A paz dos que sabem que, em meio a tantos apelos, ainda se pode escolher o que é permanente. Ao ver seu rosto vibrante, pensei na música. Não daquelas em que os ouvidos são feridos, mas a música verdadeira, que eleva a alma. E, quando tomei sua mão, senti o calor que abrasa a alma, mas aquece o coração, que assola os sentidos, mas acalenta o interior.
 Veio-me de novo à mente a superação. Pois pessoas assim se superam e superam o que delas pensamos. Não importa em que batalha estejam, em que luta adentraram, não importa o tamanho do inimigo... Pessoas assim simplesmente vencem. Vencem por que lutam sem golpes, porque encaram o desafio com humildade, porque mantém o sorriso moreno no rosto apesar da lágrima que insiste em rolar, porque são capazes de abrasar corações sem fazer chama. Vencem, enfim, porque superam. E superam porque nelas está a vitória.
 Foi inevitável mudar meus próprios conceitos. Vi que superação não é apenas o que se retrata como tragédia, déficit, limitação ou impedimento. Vi que superação é muito mais do que apenas sobreviver. Vi – e entendi – que superação é ter algo dentro de si que não se pode descrever com exatidão, mas que deixa uma marca profunda na trajetória, na biografia, nas pessoas em volta, enfim, no conceito do que se tem por comum chamar de “dificuldade” ou “problema”.
 Vi que superação não procede dos supostamente fortes, dos altivos em seu próprio talento, dos enganados por seus próprios gestos grandiloqüentes. Vi que superação procede de um sorriso lindo como o arco-íris, de uma energia mais forte que o sol a pino, de um encanto superior ao da paisagem virgem e desconhecida.
 Vi, enfim, que superação é um encanto indescritível, uma força admirável, uma sabedoria que somente os verdadeiros filhos de Deus podem ter.
 E, como tudo isso mudou minha vida... Apenas por um sorriso, apenas por uma boa prosa, apenas por sentir esse calor imenso que emana de um coração especial.
 Vi e compreendi que superação é o que você é. E que nada, nada pode deter aquilo que for colocado em seu coração. Porque superar faz parte do seu ser. Superar é a sua própria vida. E vencer, faz parte inconteste do seu destino.
 Superar se tornou música para mim. 
Suave, que eleva a alma e me traz a lembrança seu sorriso moreno.

(...um eterno amigo...)


Câncer: em latim, caranguejo... senta que lá vem história!!!!

The natural forces, which are inside you, you will be heal their diseases!

Acredita-se que foi Hipócrates (460-370 a.C.), o famoso médico grego, considerado o pai da medicina e criador da primeira escola médica instituída no mundo no século V a.C., quem pela primeira vez empregou a palavra “karkinos” para designar os tumores malignos encontrados nos seres vivos. 
Traduzido por “câncer”, em latim, esse termo significa caranguejo em nosso idioma. 
Conta a tradição que Hipócrates, ao palpar as formações malignas superficiais, julgou-as muito parecidas a esse crustáceo, pela mesma sensação que nos dá ao toque a sua dura e fria carapaça, sendo as ramificações em torno do nódulo principal muito semelhantes às suas dez patas.
Os mesmos gregos evocaram também a palavra “onkos” para designar os tumores. Termo que significa “fardo”, traz-nos a ideia de um verdadeiro peso ou carga, difícil de suportar-se, que os doentes devem transportar pela vida, sem que o desejem. 

Dessa palavra a medicina moderna formou os vocábulos “oncologia” e “oncologista”, para designar a especialidade e os profissionais que estudam e tratam os tumores, respectivamente.
Para explicar sua origem, Hipócrates seguia a tese aventada pelos gregos de modo geral. 
Segundo eles, o universo seria um composto de quatro elementos, o fogo, o ar, a água e a terra
Da mistura dessas substâncias originavam-se todos os compostos existentes em nosso mundo. 
O corpo humano seria igualmente formado por esses quatro elementos:
  1. o sangue corresponderia ao fogo
  2. a bile amarela ao ar
  3. a linfa ou fleuma à água
  4. a bile negra à terra
As diversas patologias humanas seriam então produzidas por um desequilíbrio, em falta ou excesso, desses chamados quatro humores. 
Intuía assim Hipócrates que o câncer adviria de uma produção excessiva do mais denso e agressivo dos humores: a bile negra
Desse modo, a massa tumoral seria o resultado da absorção do nocivo acúmulo desse quarto elemento. Curiosamente, também segundo os gregos, esse mesmo líquido viscoso e negro seria o responsável pela depressão. 
Essa é a razão pela qual se denominava essa enfermidade de “melancolia” – palavra então formada por “melas”, que significa negro, e “khole”, a bile.
Hipócrates havia já observado que a simples remoção do tumor principal agravava a condição do doente, levando-o ao mais rápido desenlace. Por isso, deixou-nos a recomendação: 

“Melhor não tratá-lo, porque assim os doentes vivem mais tempo”.

E você realmente sabe  o que é o câncer? 

O câncer  nada mais é do que o aumento desordenado da multiplicação celular, provocado pela ativação dos genes estimulantes do crescimento e da divisão celular, ou a perda do controle sobre essa atividade.
Complexo? Vamos lá....
Nossas células nascem e morrem em um ritmo assustador. Estudos com radioisótopos demonstram que a cada dois anos renovamos 80% dos átomos que compõem nosso corpo, comprovando-se o acelerado compasso reprodutivo de nossas entidades celulares. Por exemplo, as hemácias, as células sanguíneas responsáveis pelo transporte dos gases circulantes em nosso organismo e uma das mais pródigas em multiplicar-se, são geradas à razão de 300 bilhões de unidades por dia. Desse modo, a cada sete dias, trocamos completamente os 5-7 litros de sangue que possuímos. Os ciclos de vida, morte e reposição de nossas células são determinados, segundo o conhecimento médico atual, pelo DNA, que comandaria, em cada linhagem celular, um próprio e adequado ritmo reprodutivo. No câncer, perde-se esse controle, levando assim as células a se multiplicarem em uma cadência frenética e desregrada. Estaríamos, portanto, diante de uma doença de origem genética. No entanto, como já compreenderam os estudiosos, esses genes que desencadeiam a desordenada tara de multiplicação celular não seriam estranhos ao nosso genoma. São genes normais que adquirem, em determinada época de nossas vidas, um comportamento distorcido – o que em genética é chamado de mutação, e o gene mutante, de mutagene. Assim, a doença faz parte da natureza e seria desencadeada nada mais que por um acidente genético, uma fatídica casualidade a acometer aleatoriamente não só os seres humanos, mas todo e qualquer ser vivo. 
O aumento do ritmo de crescimento celular segue duas orientações básicas: pode dar-se de forma ordenada, ainda que aceleradamente, ou ocorrer de maneira completamente caótica. 
No primeiro caso, temos os chamados tumores benignos, os quais crescem de forma mais lenta e organizada, não comprometendo sobremodo a saúde humana. 
O segundo caso corresponde aos denominados tumores malignos, todos englobados sob a denominação geral de câncer.
A célula cancerosa, sempre ávida por crescer ilimitadamente, adapta-se com sabedoria a ambientes orgânicos muito diferentes de onde partiu, espalhando-se facilmente por todo o organismo – comportamento esse denominado metástase. Trata-se, portanto, de uma entidade aparentemente muito mais poderosa que uma célula normal, dotada da mais incrível vontade de viver e de se expandir. E no desempenho desse objetivo, ela se habilita a impressionantes perícias de sobrevivência e de domínio de suas congêneres normais.
E pode originar-se de qualquer de nossos órgãos. 
No entanto, sem que se saiba exatamente por que, alguns sítios mostram-se mais propícios ao seu desenvolvimento, como as mamas nas mulheres, e a próstata nos homens.






Busto da rainha persa Atossa

O câncer deixou vários vestígios de sua manifestação nos registros da história humana. 
atossaNa Antiguidade, o caso mais famoso é o descrito por Heródoto (485?-420 a.C.). Relata-nos o historiador grego o drama da rainha Atossa, esposa de Dario, o célebre imperador persa que governou sobre o vasto território, da Líbia ao Golfo Pérsico, no século V a.C. Atossa, que contava com 40 anos, apresentou-se, segundo Heródoto, com uma massa tumoral na mama. 
Tratada sem sucesso pelos médicos da corte de Dario, pediu ao escravo grego Democedes que lhe extirpasse o seio doente, o que precipitou sua morte.                   No entanto, há relatos ainda mais antigos do que o de Heródoto. 
Em 1862, em Luxor, no Egito, foi descoberto um papiro datado do século VII a.C.,  contendo uma transcrição dos ensinamentos do médico egípcio Imhotep (aproximadamente 2650-2600 a.C.), elevado pelos egípcios à condição de “deus da medicina”. Nesse papiro, escrito, segundo estimativas, no ano 2625 a.C., Imhotep discorre sobre 48 casos de doenças, sendo o 45º um câncer de mama. Ele o descreve como uma massa dura, fria e saliente no seio de uma mulher, acompanhado de inchaços menores espalhados ao redor, também firmes e frios ao tato. Comparando o tumor a uma hemat verde, uma fruta típica de sua época, ele finaliza seu texto considerando laconicamente: “não existe terapia”.            
O mau funcionamento (ou um funcionamento bem conjugado a despeito de mal intencionado, como veremos a seguir) dos genes está na raiz de todo câncer. No entanto, descobriu-se, não se trata de genes estranhos ao organismo, mas sim, dos próprios agentes genéticos inseridos em nossas células. Por isso, diz-se em medicina que o câncer é uma doença endógena (palavra formada por endos = interior, e gene = origem).
Desse modo, os geneticistas foram convocados ao trabalho da identificação precisa dos oncogenes (os genes cancerígenos), a fim de se permitir futuro desenvolvimento de agentes químicos eficazes, capazes de interferir na sequência de eventos produtores de tumores. Abria-se, assim, a esperança de uma cura tecnológica para a mais grave enfermidade a “constranger o pobre ser humano”.
E logo, de fato, nos últimos anos do século passado e primeiros de nossa era, foram reconhecidos vários oncogenes
geneticistas modernos descobriram que as mutações que levam ao desenvolvimento do câncer não são simples modificações em um único gene, mas envolvem complexas alterações em intricados grupos de genes. Além disso, verificava-se que o sequenciamento genético dos tumores não se dá ao acaso, mas faz-se segundo uma ordem lógica e concatenada. Diversas mutações se combinam perfeitamente para produzir um resultado que, ao que tudo indica, está bem determinado e conhece seu objetivo: produzir um grupo de células ávidas por crescer, reproduzir e adaptar-se à sobrevivência nos mais diferentes ambientes orgânicos, como se almejassem nada mais que assumir o comando do próprio organismo onde se assentam. Trata-se de uma finalidade muito bem planejada que não se pode explicar por simples mutações casuais, pois, de modo geral, adulterações impostas ao acaso ao genoma terminam simplesmente por inviabilizar o funcionamento da célula – ao contrário do que ocorre no processo oncogênico.
No câncer de mama, por exemplo, já foram identificados 127 sequenciamentos mutacionais muito bem concatenados, as chamadas mutações condutoras, que desempenham papel fundamental na oncogênese7. Além do mais, novas mutações são criadas pelo tumor, à medida que ele avança, a fim de serem vencidos certos obstáculos, como a formação de uma vasta rede sanguínea de abastecimento do tumor (angiogênese) e a criação de mecanismos de resistência às drogas desenvolvidas pela inteligência humana. Isso faz do câncer uma verdadeira e inteligente heterogeneidade genética. Na atualidade, a ciência humana arvora-se em desvendar toda a trama genética dos tumores, perseguindo com ardor o chamadoAtlas do Genoma do Câncer – assim como o Projeto Genoma Humano fizera com nosso código genético normal. Os olhos modernos dirigem-se agora para a oncologia molecular, capaz de identificar, como o vem fazendo, as peculiaridades genéticas dos tumores, para então atacá-los em seus pontos frágeis com medicamentos e procedimentos altamente específicos, alcançando assim melhores chances de impor um controle definitivo à doença.
A célula cancerosa, a despeito de seu comportamento aparentemente desordenado, segue algumas regras básicas. Suas mutações genômicas, que são muito numerosas, executam alterações conjugadas em uma sequência lógica, determinando trajetórias genéticas altamente intricadas. Enquanto alguns genes mutantes inibem, outros estimulam funções celulares, em uma ação coordenada e inteligente que curiosamente termina por produzir o efeito desejado: o crescimento ilimitado e o domínio de todas as reservas orgânicas. Trata-se, portanto, de umacomplexidade mutacional que conhece finalidades a serem alcançadas e não de alterações aberrantes e casuais em um único segmento do nosso DNA.
E, de forma intrigante, sem que se conheça exatamente o motivo, as células cancerosas são dotadas de uma refinada sabedoria que as leva a sobreviver em ambientes muito diferentes daqueles em que foram geradas. Criam resistências ao ataque das células sadias, e aos medicamentos que se desenvolvem para combatê-las. Podem se espalhar pelo organismo, invadindo qualquer sítio, mas parecem escolher locais reservados para se desenvolverem mais à vontade – muitos tumores, por exemplo, terminam por se assentar no resguardado sistema nervoso central, protegido pela chamada barreira hematoencefálica, onde dificilmente podem ser atacados pelo sistema imunológico ou os quimioterápicos. Cuidam de gerar uma vasta rede de vasos sanguíneos extras, a fim de ter assegurado o aporte de nutrientes para suas sempre ávidas células – a angiogênese tumoral. E um sábio mecanismo genético, denominado ampliação, multiplica a ação dos oncogenes, propiciando aos tumores maior agressividade, tornando-os praticamente imbatíveis pelo organismo e altamente resistentes às drogas antineoplásicas.
Vê-se, assim, que, na aparente desordem do câncer, há princípios organizacionais e um claro objetivo a ser cumprido, cujas origens desafiam a compreensão humana. Esses fatos levaram muitos pesquisadores a suspeitar da existência de hierarquias mais profundas e superiores produzindo o câncer, da qual poderia derivar a complexa e bem concatenada sequência mutacional que orienta a sua formação.
Por isso hoje se pergunta se a batalha contra o câncer deve seguir o caminho tecnológico, penetrando cada vez mais nos mecanismos genéticos da intrigante enfermidade. Não estaríamos combatendo nada mais que as consequências e não as verdadeiras causas dos tumores? Não vale questionar a existência de um comando central que tanto criaria quanto manteria o funcionamento normal de nosso código genômico? Nesse caso, a doença poderia ter sua origem nessa direção superior, que, uma vez adulterada, induziria ao sequenciamento lógico observado na mutagene tumoral.
Com certeza continuaremos a carregar o pesado fardo de “onkos” até o dia em que compreendermos que a doença está consolidada como uma perturbação da própria natureza humana e mesmo da vida na Terra. E dispormo-nos a modificar substancialmente as reais e mais profundas causas que desencadeiam a indesejável ocorrência de “karkinos” em nossas vidas.

Fonte: www.gilsonfreire.med.br

O Câncer na Visão de Pietro Ubaldi

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Por Gilson Freire
(Palestra proferida no XIX Seminário Pietro Ubaldi, no dia 4 de agosto de 2012, em Belo Horizonte, MG e repetida no XV Congresso Brasileiro Pietro Ubaldi, em Rio Verde, em agosto de 2013 - se desejar assisti-la acesse: